domingo, 20 de setembro de 2009

Para onde a luz ia

"A primeira namorada, tão alta
que o beijo não a alcançava,
o pescoço não a alcançava,
nem mesmo a voz a alcançava.
Eram quilômetros de silêncio.

Luzia na janela do sobradão." (C.D.A.)


A luz ia para cá
A luz ia para lá

Para onde mais a luz ia?

Por que ela ia?

A luz ia
e jazia
na janela
do sobradão.

Para onde a luz ia
eu enxergava poesia.

Jazia
morta-viva
pedaço pisado de chão.

Eu, nem tão Luzia assim,
nem tão Fernanda, nem Frida,
somente a máscara de mim,
autora escondida,
sou chão pisado e sigo quente
com o passo dessa gente
em cima de meu ladrilho.

Sou o andarilho da poesia
sou mais do que achei
que algum dia seria...

Um comentário:

Anônimo disse...

q lindo...