"A primeira namorada, tão alta
que o beijo não a alcançava,
o pescoço não a alcançava,
nem mesmo a voz a alcançava.
Eram quilômetros de silêncio.
Luzia na janela do sobradão." (C.D.A.)
A luz ia para cá
A luz ia para lá
Para onde mais a luz ia?
Por que ela ia?
A luz ia
e jazia
na janela
do sobradão.
Para onde a luz ia
eu enxergava poesia.
Jazia
morta-viva
pedaço pisado de chão.
Eu, nem tão Luzia assim,
nem tão Fernanda, nem Frida,
somente a máscara de mim,
autora escondida,
sou chão pisado e sigo quente
com o passo dessa gente
em cima de meu ladrilho.
Sou o andarilho da poesia
sou mais do que achei
que algum dia seria...
Um comentário:
q lindo...
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