domingo, 20 de setembro de 2009

Solua

Outra poesia perdida por entre rascunhos mais perdidos ainda...
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Eu vi o Sol brilhar nas alturas
posso jurar que o enxerguei nitidamente...
Mas o vi com relutância
porque não o pude observar diretamente.

Eu vi a Lua flutuar no infinito
posso jurar que a vi pungente...
Mas a enxerguei com ignorância
porque não pude compreender seu semblante semitransparente.

Eu vi o Sol e a Lua dividindo o mesmo céu
posso jurar que os vi dançando lentamente...
Mas não os acompanhei ao fim da valsa
porque não contive meu choro intermitente.

Desejei ser o Sol para espalhar alegria
desejei ser a Lua para servir como inspiração.

E de tanto desejar ser o que não sou
cá estou jazindo por entre livros entreabertos
procurando o verbo que diz teu nome
procurando ser mais forte
do que as adversidades...

Um comentário:

Breno Peres disse...

E cá estou eu, apenas comentando.

Beijo!