segunda-feira, 16 de abril de 2012

De barco

Eu não sabia, mas você sempre soube
eu via, de certo modo ia, mas não coube
de uma maneira ou de outra, ou de todas as maneiras
dois de você e eu me perco facilmente
cada acróstico, desenho único,
formam dias e semanas
não há mais - e para que mais?
Basta o silêncio da palavra
de algo perdido no ar
e lhe encontro, não porque lhe procurava,
mas porque havia de ser assim,
e havia se der certeiro e esperado,
tanto quanto é a vida.
Castigo amargo, dúvida uníssona
não sei se vou ou se fico, e pra quê,
pois ficar me parece, de longe, mais seguro
mas ir me leva para mais perto, de você.

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