segunda-feira, 12 de janeiro de 2009

Ode a Ave Branca Libertadora

Do alto da montanha, vê-se o sol que traça o poente alaranjado.
Os vastos campos verdes oscilam ao sabor do vento.
Na ponta do abismo, encontra-se uma silenciosa ave
Que a tudo observa com serenidade ímpar.
Ave descolorada, séria, concentrada.
Ave que aguarda sua hora de voar a direções distintas.
Ave esta que levará uma mesma mensagem a todos os lados.
- KKK – soa a floresta, e não há alguém que responda.
O dia, cansado, retira-se do céu dando lugar à noite.
Num vôo rápido e certeiro, a ave penetra no ar
E, tranqüila, treme enquanto pode.
Ave que passa por entre coroas, palmeiras e tambores.
Ave utópica, bela e impossível.
Ave rara, desconcertante.
A unidade dos países acima do desejo de voar.
A língua unirá os homens? Dificilmente.
Mas ela possui uma nobre missão
Tão nobre quanto as moedas de ouro
Ou o aportar dos navios em terra firme.
Sua missão é um desejo antigo e ingênuo,
Mas é uma missão.
Dentro de quatros anos ela estará cumprida.
Ou não...

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