Carniça antiga, a memória um pouco mais esquecida
uma dorzinha cogitabunda, meio vagabunda
mas que ainda existe.
Vem você, arredio, agora um moço tolo e vadio
respirar em meu ouvido mais outra vez
pra me lembrar um não sei o que sobre você...
Daí eu lhe digo para ir embora, pegar a estrada
e me deixar de vez. Não solto sua mão
e você fica pra ver o espetáculo.
Hoje em dia, caio madura do pé-de-sonhos
mas dentro de minha grandeza desabo contigo.
Caio num corpo quente...
Caio de repente,
mesmo tendo prometido
nunca mais cair.
A menininha que ainda lhe quer
- poço de desejos -
agora luta para virar mulher.
2 comentários:
Bendito seja o homem que recebe essas poesias.
Que beleza.
Beijo, Nêga.
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