quinta-feira, 26 de novembro de 2009

Cair de maduro

Carniça antiga, a memória um pouco mais esquecida
uma dorzinha cogitabunda, meio vagabunda
mas que ainda existe.

Vem você, arredio, agora um moço tolo e vadio
respirar em meu ouvido mais outra vez
pra me lembrar um não sei o que sobre você...

Daí eu lhe digo para ir embora, pegar a estrada
e me deixar de vez. Não solto sua mão
e você fica pra ver o espetáculo.

Hoje em dia, caio madura do pé-de-sonhos
mas dentro de minha grandeza desabo contigo.

Caio num corpo quente...
Caio de repente,
mesmo tendo prometido
nunca mais cair.

A menininha que ainda lhe quer
- poço de desejos -
agora luta para virar mulher.

2 comentários:

Anônimo disse...

Bendito seja o homem que recebe essas poesias.

Breno Peres disse...

Que beleza.

Beijo, Nêga.