domingo, 22 de novembro de 2009

Prefácio

É de tarde de novo e de novo a gente sente que a vida parou
mas não foi o automóvel, não,
foi a vida que parou.

A gente canta porque o instante existe
mas de vez em quando, deixa eu te dizer,
o instante não existe e a minha vida
de completa não tem nem a aparência.

Uma pedra no meio do caminho não assusta mais ninguém,
hoje eu vi um tijolo, eu vi um castelo
no meio do meu caminho
mas eu não desviei...

Fiquei ali encarando a fortaleza em minha face
e a fortaleza era minha face
que dizia para eu a decifrar
porque se não ela devorava meus pensamentos...

Uma mulher tem que ter qualquer coisa
qualquer coisa mesmo
porque eu não tenho qualquer coisa
nem tenho a coisa específica.
Eu tenho um coração que não se mostra
eu tenho as mãos vazias...

Assim eu queria meu último poema
que fosse algo como as experiências de um poeta fingidor
que finge que finge que vive mas não vive
e só sabe existir dentro das palavras.

Meninos, eu vi.

Um comentário:

Anônimo disse...

Juro que só li seu texto depois de atualizar meu blog.

Tá brabo o fim de ano também aparecida ?

beijo