Tenho duas mãos
e pouco escrevo.
Deixo o que me é
raro
esvair-se como
raio solar.
Tenho dois olhos
e vejo turvo.
Analiso as cores
do asfalto
os olhos verdes
as bocas róseas.
O mais, é cinza.
Tenho um coração
e um poema
em mãos.
Não vejo meu coração
mas seguro
o poema.
Claramente
o vejo
o sinto
pulsar.
3 comentários:
Porra, que lindo Fê!
a gente ve o coraçao pelo poema....gostei....!
Eu não vejo motivos para escrever, quando leio você.
Beijo.
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