torna a nascer o dia
outra vez esse sol
outra vez esses passos
a mesma calçada
as mesmas pessoas
o atraso também é o mesmo
e as mesmas piadas
a mesma ventania
a mesma pedida
o mesmo dinheiro na carteira
a mesma dívida
aquela mesma saudade do nada
a mesma apatia de tudo
e são as mesmas placas
e os mesmos avisos
daí vem uma merda de um poema
te falar que não
que a vida não é essa merda
que a gente vê na rua
vem te convencer que poeta é isso ai
acorda tarde pra fumar
não tem que trabalhar
e todo mundo diz amén
pras coisas que ele diz
daí você escreve um poema
ridículo
e vive pra sempre
na marginalidade
dos livros.
3 comentários:
às vezes só sobra a marginalidade de um blog...
Preciso escrever algo contigo novamente. Só assim pra eu ter algo que preste.
Beijo.
who wants to live forever?
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