sábado, 1 de dezembro de 2012

O plano

Aonde há, há de ser
nem que pra isso a gente tenha que crescer
se virar no tempo, avançar por entre os anos
virar do avesso e esquecer quase todos os nossos planos
já diz o ditado o que o ditado não disse
mil fitas vermelhas e a mesma mesmice
o que o tempo não ensina, eu aprendo na marra
e depois esqueço tudo numa noite de farra
olhos verdes, azuis, castanhos e cegos
um jantar para dois numa mesa composta de egos
cara, caro, um acordo da poesia
fortemente rompido na primeira hora do dia
nossas fitas coloridas, vermelho e azul ciano
vem comigo e calma, que eu tenho um plano
uma tragédia grega em terras tupiniquins
águas do Nilo, campos, prados e afins
a história épica fora da Literatura
Maratona
luta
solidão, apenas
e tudo se encerra
bravamente
na derrota de Atenas.

Um comentário:

Breno Peres disse...

Tentando voltar. Voltando sem plano. Vou arriscar, e riscar mais um tanto... ate acertar a palavra certa pra me jogar de volta no mundo das ideias.

Beijo.