quarta-feira, 24 de dezembro de 2008

Objeto diretíssimo

Adentre o pavimento principal, e ama-me sem rubor de pejo algum.
(Entre pela porta da frente, e me ama sem vergonha alguma.)
Ama-me paulatinamente, e que ausente esteja o fragor referido.
(Me ama devagarzinho, sem fazer barulho.)
Segrede em meu lóbulo, e assevere a boa-fé:
(Sussura na minha orelha, e diga a verdade:)
Surte maior prazer a ti ao amarmo-nos na ausência de excessivo apuro?
(É mais gostoso quando a gente se ama sem tanta frescura?)

Um comentário:

Breno Peres disse...

Enormemente pomposo, magnificente.
(Muito foda, fuderoso.)